domingo, 28 de dezembro de 2008

Você é como música para mim


Sabe quando você escuta uma música?
Quando você gosta da música é inevitável, involuntariamente a música entra em você e te faz sorrir e sacolejar o corpo...começa com um bater de pé, batuque de mão e quando vê já está cantando alto, mesmo que esteja no ônibus ou na rua.
E, por mais que fique sem graça, porque as outras pessoas olham e pensam "que maluca, está falando sozinha" ou "olha só, canta como se a música fosse dela", não liga, porque naquele instante, naquele instante a música é realmente sua.

Você é como música pra mim...
É a música pro meu coração.


Texto escrito em uma ocasião especial, para uma pessoa mais que especial.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Não vi...

Eu tracei uma rota...

Eu passearia por todo o país
Me desfiz das mais belas paisagens
Pra chegar mais rápido em você

Cortei caminho, subi morros, percorri trilhas
Quando cheguei me dei conta
Que eu não tinha perguntado do seu dia
Cheguei e você no escritório
Papéis, canetas, anotações e telefones
Eu me lembrei só depois disso
Que não era feriado
Nem final de semana
Veja como a vida é
A gente faz planos
E a rotina desfaz todos eles

A mala nem foi desfeita
Mas também não voltei com ela
Deixei lá
No canto do hotel
Que venham outros mais felizes


Eu voltei
Não vi cor, nem paisagem
Não vi você e todo resto
Descobri que nem deveria ter saído daqui

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Texto para um amor que mora longe...

É estranho, muito estranho
Pra onde as coisas vão
Conheço os seus passos
Sei até onde vão chegar
Mas não sei dos meus
Sei que nossos passos juntos são melhores
Mas não sei quando
Nem como estarão lado a lado
Talvez um dia, talvez meio dia
Ainda que cinco minutos
Ou segundos
Meu caminho ficaria diferente
Seria diferente
Queria mesmo saber se as estradas nos encaminharão para o mesmo lugar
Mas toda música fala de mar
Por que?
Vai saber se no lugar de caminho tem um rio
Existem rios que nem se cruzam
Existem outros que não se misturam
Águas negras e claras
Se separam
Como óleo e água
Queria mesmo saber
Como eu queria
Sei que quando não te tenho não me faz falta o mar
Nem todas as outras coisas...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Da série metáforas que a Juliana inventa...

Sabe quando a gente cai, rala o joelho e arde pra arregaçar? Daí a gente fica soprando, soprando, aliviando, mas continua ardendo né, mas se a gente espera umas duas horas, mesmo sem soprar ele pára de arder, não é? Então...

É isso que acho.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Conto de amor número 2

Na atribulada cidade, megalópole onde centenas de pessoas se cruzam, lá estavam eles.
Pessoas, números, estatísticas e coincidências.
No primeiro dia ativo da semana, enquanto ele saía do metrô, ela entrava, no mesmo vagão.
A cena se repetiu mais dois dias.
Impossível passar despercebido.
Ele não acreditava em destino, muito menos em acaso, ele sempre pagava para ver.
Ela notou, pensou em não dar tanta importância, mas no segundo dia sonhou com o metrô.
Fernando estava vestido de preto, normalmente essa era sua roupa, não que fosse proposital, eram apenas umas camisas e umas calças que tinha, dadas ou compradas, as cores eram as mesmas e ele não queria ter trabalho para escolher. Resolveu ficar naquele vagão, se recusava a sair, esperaria para ver a moça entrar, desceria na próxima estação.
Ela, Ana Clara, enfermeira há dois anos, vestia branco, da cabeça aos pés, a divergência ficava por conta da bolsa, um roxo, cheio de penduricalhos.
Entrou, sentou, retirou seu livro.
Ele estava de pé, não resistiu e sentou ao lado, retirou seu livro. Não desceu na estação seguinte.
Ela se sentiu atentada, olhou para o lado, reparou no tênis, preto, subiu o olhar, mochila no colo, com o crachá do serviço no bolso lateral, um livro e parou por aí, medo de cruzar o olhar.
Ele ficou imóvel, queria falar alguma coisa mas não conseguiu, não conseguiu nem mesmo olhar para o lado.
Ela levantou, se foi.
Fernando desceu na estação seguinte, foi para casa e não parou de pensar nela.
Ana Clara estranhou o que sentiu sentada ao lado daquele rapaz, no entanto, tratou de ignorar mais uma vez. Sonhou com o metrô e com ele também.
O metrô era o ponto de encontro. Inevitavelmente eles se encontravam, entre vários vagões o destino, o acaso, ou seja lá o que for, embora Fernando não acreditasse, tratava de colocá-los mais uma vez no mesmo lugar.
Ele, decididamente, resolveu fazer alguma coisa.
Dessa vez, quando ela entrou, ele levantou e ficou esperando que ela pegasse o seu lugar.
Ana Clara entrou e sentou no lugar que acabara de ficar vago. Abriu o seu livro, tentando não levantar os olhos e encarar aquele que povoou seu sonho na noite passada.
Ele a encarava de cima. Dessa vez pode reparar em todos os detalhes. Seu cabelo ondulado, molhado de quem acabou de tomar banho, suas mãos delicadas e a boca, essa que mais chamava a atenção, entreaberta, com os dentes brancos, mais brancos que ele pudera ver. Olhou o livro, não via o título, mas ela estava na página 88, a mesma que ele lia.
Ela grifava de marca-texto rosa os trechos que mais lhe agradavam, por várias vezes se pegou com a lágrima escorrendo ao ler, tinha um pouco de vergonha disso acontecer, mas era inevitável e só conseguia ler durante os trajetos.
Fernando tinha um trecho grifado também, não era sobre o amor ou nada parecido, mas era um que mostrava quem ele era até agora, sua sensibilidade ali, algo que não costumava mostrar. Queria que ela visse, queria falar, sorrir. Agiu. Derrubou seu livro no dela, ambos caíram no chão.
Ele se abaixou, entregou seu livro a ela e segurou o dela.
Ela leu “Mas nenhuma destas cicatrizes era recente. Tudo o que nele existia era velho, com exceção dos olhos que eram da cor do mar, alegres e indomáveis.”
Sorriu. Conheceu Fernando naquele momento.
Ela agradeceu a leitura. Perguntou o nome dele, disse o seu. Queria conversar mais, mas precisava ir.
Ele respondeu, guardou aquele sorriso e ficou com a certeza de ela, Ana Clara, o conhecera mais profundamente que qualquer outra pessoa.
No mesmo vagão, no mesmo horário, ela entrou, ele permaneceu. Dessa vez não haviam bancos vagos.
Ela se aproximou, se dirigiu a ele pelo nome.
E conversaram, sobre livros, músicas, filmes, os encontros. Tão naturalmente como pessoas que se conheciam há anos. Não trocaram telefones. Sabia que se veriam por ali.
Incrivelmente sempre se encontraram.
Combinaram cinema.
Ele continuava com o mesmo olhar. Ela com o mesmo sorriso.
Declararam o que viviam, o amor. E viveram, declaradamente.
São um. São dois.
Mas agora entram juntos no metrô.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Apenas mais uma de amor...

Pela manhã, vindo para o serviço caminhando, após descer de um ônibus lotado, em uma esquina...Eu precisava atravessar a rua, os carros passavam, não podiam parar.

Lá estava ele chorando.

Calça jeans, camisa preta, um casaco azul marinho, cobrindo a cabeça.

Ela estava com com os braços cruzados e segurava pela cordinha uma sacola branca de papelão.

Sapato alto marrom, calça da mesma cor, camisa creme e um casaco preto.


Ele chorava compulsivamente e gesticulava.

Ela ouvia, pacientemente tudo, como quem sempre esperou ouvir aquilo.


Ele disse "Eu só quero minha vida de volta".

Ele implorava a volta dela.


E eu atravessei a rua, sem olhar para trás.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Simples


Tudo é muito simples.
A gente é que complica as coisas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Para os dias sem cor...

Acordo, depois do despertador insistentemente gritar pela terceira vez, coloco o pé esquerdo no chão, depois o direito.
Estou atrasada, meu dia não começa bem.
No chuveiro a água é quente, o banho é rápido.
Não tomo café, não dá tempo, como alguma coisa depois.
Sentada, num ônibus tudo parece igual a ontem, as mesmas pessoas, os mesmos assuntos, as mesmas idéias, inclusive as minhas.
E o dia é assim, sem cor, sem graça, sem vida.
Até que eu me penso em você, sim, em você.
Aí meu dia se colore com as mais variadas cores, nos mais variados tons. Vejo suas fotos e revejo inúmeras vezes, prestando atenção nos mínimos detalhes, eu memorizo cada um deles para poder fechar os olhos e continuar vendo.
Lá está você e eu também, literalmente ou de alguma forma.
O sorriso se faz fácil, relembro (chego a viver!) dos nossos dias, das nossas alegrias, sinto uma saudade danada no peito, que traz uma dorzinha gostosa... gostosa por saber que, mesmo mudando, tudo continua do mesmo jeito.
Eu te fazia rir e suspirar profundamente também. Risos e suspiros secretos, outros escancarados...ainda faço? Faço.
O mundo gira, você aí, eu aqui.
E meu dia se colore com a sua cor.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

MEU ESPÍRITO OLÍMPICO

Independente de onde vai ser as Olimpíadas e o horário que vai passar na televisão, de quatro em quatro anos lá estou eu, esperando ansiosa, contando os dias para que as os jogos olímpicos aconteçam.
Pipoca e refrigerante me acompanham na abertura. Eu vejo cada detalhe, cada zica e gafe, cada momento espetacular, mudanças de coreografias e cenários, as narrações às vezes idiotas e óbvias, outras essenciais e explicativas.
Depois disso é a vez de pegar a programação e escolher o que quero assistir...se tem brasileiro, lá estou eu, vidrada na televisão.
E a questão vai mais além do que as medalhas. Sim, não vou negar que adoro ver o Brasil no mais alto do pódio, ou, no pódio, que seja, é muito bom, eu me emociono muitas vezes e, ainda que as medalhas não venham, é lindo ver um esportista ali, representando o povo de um país inteiro. Digo isso pois, exceto o futebol masculino, os outros esportes não têm quase apoio nenhum para estar lá. Até o vôlei, que tem a melhor seleção do mundo, no feminino e no masculino, sofre com a falta de equipes e patrocínio para os campeonatos estaduais. Cada atleta ali representa o suor e a dedicação do brasileiro, a luta diária para sobreviver, para tentar tirar o sustento do seu trabalho, com honestidade e somente isso.
Pode parecer demagogia, mas é o que eu sinto, aí só me resta torcer para que cada um supere o seu próprio limite...não sei o que é esse sentimento todo, talvez seja meu espírito olímpico.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O FIM DO DESEJO DE SER UMA ADOLESCENTE AMERICANA...


Sempre fui fascinada por televisão.
Dizem que ver tv é perder tempo e blábláblá, concordo até certo ponto, o fato é que gosto. Hoje sei viver sem por uns dois dias, mas já houve época em que a abstinência era algo impensável.
(Ainda assim, leio, sei escrever bem, gosto de boa música, saio, me divirto, enfim, não atrofiei).
A realidade é que aos 12,13 anos eu não tinha muito o que fazer, exceto isso.
Eu vivia assistindo filme de sessão da tarde....aliás, era uma rotina básica: chegava da escola, almoçava, assistia Vídeo Show, arrumava a casa no horário do Vale a Pena Ver de Novo, assistia vidrada Sessão da Tarde e depois Malhação, nos bons anos.
Os filmes americanos infanto-juvenis constantemente me despertavam a vontade de ser uma jovem americana que tinha carro aos dezesseis, armários para dividir na escola, ginásio fechado de educação física, bolsa de estudo por desempenho, bailes de formatura, linha telefônicas com conversas simultâneas entre três amigas, quarto com closet, dias de hallowen com gostosuras e travessuras, cinema com um pote enorme de pipoca, outro grande pote de frango frito, chessecakes, comidas de microondas e cafés da manhã, com ovos, bacon, panqueca, cereais. Tudo muito natural, pois os filmes deixam tudo perfeito, com o melhor sabor, cor...



Uma vez vi algo diferente, não lembro o filme, lembro que a atriz, depois de uma decepção com o namoradinho vacilão, pegou um potão de cereais coloridos, colocou muita cobertura de chocolate, comeu bastante e depois foi atender uma pessoa na porta que, pasmem, era o fulaninho. Ela com o pote na mão, a porta e o fulano.
A cena me despertou uma vontade gigantesca! Eu não queria saber de mais nada, queria comer aquilo.

Pois fiz minha mãe comprar cereais coloridos e calda de sorvete de chocolate. Despejei quase a caixa inteira de cereal num pote, coloquei muita calda de chocolate, sentei em frente à televisão para ver sessão da tarde e PUTA MERDA que troço ruim....não comi o resto, foi tudo para o lixo e foi o fim do sonho de ser uma adolescente americana.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Se eu pudesse fazer um pedido...


Se eu encontrasse uma lâmpada mágica, o gênio fosse tão chato que me concedesse apenas um desejo eu escolheria ser onipresente!
Digo isso porque muita gente que amo está longe, pessoas importantes, que fizeram e fazem parte da minha vida.
Se eu fosse onipresente, agora, às 9h40 eu estaria...
Em casa, ouvindo minha mãe falar para eu fazer uma coisa ou outra, bagunçando com minhas irmãs.
Na casa da “vó” Luiza, tomando café e escutando as cantorias.
Na beira do mar, em Santa Catarina, ouvindo a Mi cantar Desenho de Deus.
Sentada no ginásio do São Bernardo vendo Simone, Lu Ruiz e Cida treinarem.
Ou em Osasco fazendo a mesma coisa e esperando Rach para almoçarmos mais tarde.
Em cada ginásio, em cada casa, saber como estão Grá, Fernanda Rosa, Vanessa, Dani, Diu, Pitanga, Lu levantora, Kelly, Fê Bellisário, Tati Loira, Tati Morena.
Em Recife, conversando e fazendo cafuné com Má.
Comendo pão de queijo e queijo com doce-de-leite em Minas, com Rub, Dani, Nessa e Rê.
Contando tudo para Mario, deitada no colo da Tha, curtindo a Toy com o Chock, passeando com a Bella e escutando finalmente a Ju cantar Sina, em Sampa.
Até mesmo aqui em Sanja, roubaria o Alison do serviço, para escutar ele tocar.
Ou deitada, vendo tv e rindo bastante com a Tetê.
Contando meus podres para Fran e Rosi.
Esperando ansiosa um jogo do Inter, para ir no estádio com Guilb.
Sentada em um quiosque qualquer no Rio, acompanhada de Daniel, Mike, Helena e Du.
Precisando da tradução da Nana em New Jersey e rindo muito com ela.
Nos museus, parques, livrarias e lanchonetes de vários países do mundo, levando para cada canto todas essas pessoas comigo.
Mas eu não me importaria de ficar aqui, se vocês estivessem também.
“Aonde estão vocês agora, além de aqui, dentro de mim”?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Três textos não terminados!

Comecei três textos e não consegui terminar...talvez não sejam mesmo para ser terminados...ou quem sabe consigo finalizar um dia.

Você pode também, se quiser...se conseguir, me apresente o seu final.

Uma vez fiz isso, com uma poesia do livro Dom Casmurro de Machado de Assis...qualquer dia posto aqui.

Aí estão:


O AMOR


O amor está tão banalizado nos últimos tempos...é “eu te amo” para cá, “eu te amo” pra lá, sem amar, sem esse sentimento ta sublime. O amor é algo que transcende, que ultrapassa limites e todos os sentimentos bons, talvez ele seja até a junção desses sentimentos, mas ele não é banal.
Óbvio que é preferido o “eu te amo” ao “eu te odeio”, causador de tantos atritos e tantas guerras, mas ainda assim pode-se falar de outros sentimentos bons, sem banalizar.
Podemos amar pessoas e situações.Amor às coisas existe, mas é um amor doentio visto que tudo que é material não foi feito para o amor.
O amor tem seu jeito, suas características próprias e depende muito de quem o sente. Pode chegar sorrateiramente e invadir de uma maneira espetacular. Pode chegar explodindo, causando euforia e aos poucos ir se abrandando até que a gente se acostume com ele (não estou falando de paixão...existem amores assim também). E existe o amor à primeira vista, eu acredito nele, mas acho que é tão difícil quanto ganhar numa loteria, acredito que só acontece quando se trata de almas gêmeas...



SAUDADE

Pensei em muita coisa para escrever, mas não sabia qual caberia melhor, ia falar sobre o amor, mas vou com calma aqui...vou falar de algo tão forte e intenso quanto: a saudade.

Saudade, palavra que só existe no idioma galego-português, ou seja, o nosso!
Expressa ausência, falta...
Sentimos saudades das coisas boas e até do que não vivemos e de pessoas que não conhecemos e isso eu acho incrível....como podemos sentir saudade só de imaginar o que poderíamos viver?



COSTUME, ROTINA

“Tanta gente morrendo por aí e eu querendo morrer e não morro”

Essa frase eu escutei hoje pela manhã no ônibus e logo em seguida veio uma voz de calmaria:

“Não fala isso, Deus dá forças para continuar, muitas vezes a gente pensa besteira, mas você é nova, vai vencer, dar conforto e bom estudo para os seus filhos...”

Quando olhei para o lado, vi duas jovens senhoras conversando, por volta dos seus 40 anos.
As palavras da segunda mulher foram mexendo comigo, mais uma vez, o poder das palavras...ela falava do fundo do coração, como se fosse um anjo em um momento difícil.
Não vou falar de Deus, de anjos ou das palavras, mas achei que seria interessante começar o que quero falar com esse diálogo. Quero falar hoje sobre as rotinas e os costumes.
Deixando de lado a questão dicionarística, ou seja, o real significado das duas palavras, para mim rotina é fazer repetidamente e costume é comportamento habitual, muitas vezes impensado.
A gente fala e faz coisas das quais nem se dá conta...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um pouco sobre Deus...por mim.

Ju: Eu queria ir ver a orquestra na sexta, mas não vai dar, já vou ter ido para São Paulo.
Mãe: (já sabendo, só querendo confirmar) vai fazer o que em São Paulo?
Ju: Vou encontrar meus amigos.
Mãe: E quando você vai encontrar com Deus?
Ju: Deus não está só na igreja.

Esse diálogo aconteceu na terça-feira e até agora está remoendo aqui.
Não vou entrar no mérito de falar sobre a Igreja, quero falar sobre Deus.



Acredito em Deus!
Acredito que ele é amor e que está em tudo o que fazermos, vivemos e somos.
Deus está em mim, vive em mim.
Vive no outro também.
Quando amo o outro, quando me alegro com outras pessoas, amo a Deus, me alegro com Deus.
Eu me encontro com Deus todos os dias.

Encontro-me com Deus quando levanto....
Quando canto desafinadamente embaixo do chuveiro...
Quando lavo a louça que está na pia, para que o outro não precise fazer...
Quando pego o ônibus sem reclamar do quanto ele demorou ou está cheio. Quando saio mais cedo e pego o ônibus um ponto antes para sentar e seguro a bolsa de alguém ou cedo meu lugar...
Quando desço do ônibus e caminhando para o serviço dou bom dia para quem está na minha frente, quando falo com pessoas que não conheço, dou informações ou apenas sorrio....
Quando recebo um sorriso...
Quando ligo para meus amigos ou converso para saber como estão as coisas...
Quando me alegro com eles e quando escuto todas as mágoas ou tristezas...
Quando aconselho sem saber de onde as palavras vêem...
Quando durante o dia eu me entristeço, mas não abato...
Quando tiro boas notas para alegrar minha mãe...
Quando me convidam para sair e eu não vou, preferindo ficar com minha família...(quantas vezes!)
Quando saio e me divirto, sem beber, sem fumar, apenas pelo fato de estar com amigos, de sentir um pouquinho do que é liberdade....
Quando fico no sofá de casa, vendo tv, zapeando canais e pensando “quanta porcaria!”...
Quando me emociono com um comercial, com livros e filmes que contam histórias, verdadeiras ou não, mas que tocam e ensinam algo...
Quando deito na minha cama, de noite e O agradeço pelo meu dia, peço desculpas pelo que fiz de errado e peço saúde, paz e proteção para a minha família e não para mim...
Quando durmo com a consciência tranqüila e aguardo um novo dia...

Eu só queria saber se é tão difícil assim notar que Deus está em mim!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém...

Astral novo!

Não que tudo tenha se perdido, pelo contrário, tudo permanece...não as dores, porque dessas há tempos não sofro, mas os amores...ohhhh..os amores!!rsrs

O mundo muda
A gente muda
O mundo muda
A gente muda
O mundo muda!

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não se entristece, fica feliz sempre, por saber que existe e está bem.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não chora, mas sorri, porque quer alegrar a vida do outro, porque quer estar perto sempre.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém torce por vitórias, está do lado para tudo.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém diz todo o sentimento, toda a verdade, não se envergonha disso.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém entende que o outro não é perfeito, que você não é perfeito e que as imperfeições ou defeitos existem, porque estamos no mundo real.

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não espera o passo do outro, porque sentimentos verdadeiros são completos por si próprios.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém sabe que cada pessoa é inteira e não se divide em metades, porque dois é mais e melhor que um.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém só não gosta de estar longe...

Que bom que tenho as palavras, embora não expressem completamente o que sinto, elas me ajudam a expelir um pouco desse sentimento grande que sufoca.

Ah!!! Os amores!




*Ps: Texto antigo!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

BENDITO COBERTOR

Quando eu era pequena, morávamos no fundo da casa dos meus avós maternos. Minha mãe saía cedo para trabalhar e eu ficava dormindo...acordava tempos depois.
Às vezes eu cismava que escutava barulhos estranhos, possivelmente fazia barulho mesmo, já que a casa da minha avó era bem movimentada...mas alguns dias, talvez os dias em que minha imaginação estava no auge da fertilidade, eu imaginava ladrões tentando entrar em casa, seja para roubar a casa ou me pegar...aí eu colocava o cobertor na cabeça e ficava imóvel até ter a certeza de que os “ladrões” tivessem ido embora.

Era incrível a sensação de proteção, de invisibilidade, parecia que nada, nem ninguém, seja lá o que fosse, iria ultrapassar aquela barreira do cobertor.
Cresci..infelizmente...tantas vezes desejei e desejo um bendito cobertor como aquele....hoje em dia não funciona mais.


Obs: se você tiver a impressão que já leu esse texto é porque já leu, já postei uma vez no orkut, estou buscando uns textos antigos, perdidos por aí...

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Hoje eu não tive inspiração para escrever.
Mas existem pessoas que escrevem magnificamente palavras que refletem o que penso, o que sinto.
Essa é a coisa mais incrível do mundo para mim: a sintonia entre os seres. Pessoas sentirem exatamente como nós.
O texto a seguir é a parte que mais gosto do livro Ensina-me a viver, de Colin Higgins, o livro que mais mexeu comigo.

“- E você Harold, que flor gostaria de ser?
Harold esfregou o nariz.
- Não sei. Sou uma pessoa comum – e fez um gesto em direção a um campo de margaridas que cobria as colinas – Talvez uma dessas.
- Por que disse isso? – perguntou Maude, meio perturbada.
- Acho que elas são todas iguais – respondeu ele, manso.
- Ah, mas não são! Veja!
E levou-o para um amontoado de margaridas.

- Está vendo? Algumas são menores, outras gordas, algumas crescem para a esquerda, outras para a direita e outras têm pétalas faltando... uma grande variedade de diferenças, isso sem falar no aspecto bioquímico. São como os japoneses, Harold. A princípio você acha que são todos iguais, mas, depois que começa a conhecer cada um deles, você vê que não há uma só repetição no grupo. Exatamente como no caso das margaridas. Cada pessoa é diferente, nunca existiu uma igual, nem jamais existirá. – Colheu uma margarida – Um indivíduo.
Sorriu e ambos levantaram-se”.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

PALAVRAS!








É incrível o poder das palavras.
Sejam ditas, escritas, cantadas.

Palavras muitas vezes entram e transformam tudo.
Nos fazem rir, nos fazem chorar.
Podemos guardá-las durante muito tempo em nossa mente. Quantas vezes a gente não pára para relembrar uma piada, uma coisa engraçada que o amigo falou, uma declaração de amor, uma música, uma briga (essas voltam, remoendo nem que a gente não queira).
Não sei como funciona, se fica gravado no inconsciente, eu alguma parte específica do cérebro, nem me importa muito, isso não vem ao caso, mas acho impressionante como acontece.

Mas tem aquelas também que fazem questão de não serem lembradas.
Poxa vida!
Quem não passou pela situação de ficar horas estudando e chegar na prova dar um branco total, desses de perder o fôlego? E quando a resposta está praticamente pronta, e “como era mesmo que escrevia aquela palavra? “ ou “tá na ponta da língua e não sai”.
Não é a toa que políticos anotam seus discursos, até mesmo aqueles mais falastrões podem esquecer a palavra certa, para a hora certa.
Talvez funcione assim quando as palavras não são nossas, ou quando queremos inventar, usar frases prontas.
Portanto, usemos as nossas palavras, criemos, adaptemos, não maltratem o português ou qualquer outro idioma, mas faça uma palavra ser sua, escreva, fale, com convicção.
Estou fazendo isso agora.


*Francine, uma amiga muito querida, e eu costumamos ter uma palavra para o nosso dia, ela é escolhida pela manhã, de acordo com o nosso estado de espírito. Nunca cheguei a pensar em confirmá-las ao final do dia...mas é algo que podemos pensar, né, Fran?
PALAVRA DO DIA: EXPECTATIVA!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Por que "Laranja não Mecânica"?


Laranja é minha cor favorita.

Amigos e família quando vêem algo em tom alaranjado já pensam que eu ficaria feliz em ver também.

Já me apropriei da cor.

Já faz parte de mim.

Laranja sou eu.

Sou tudo, menos mecânica.

Aqui vive um turbilhão de sentimentos.

Eu sou sempre a mesma, mas posso ter diferentes sabores.

Como laranjas, doces ou aguadas ou azedas.

Sou assim.

Depende do que você merece de mim.