quarta-feira, 23 de julho de 2008

O FIM DO DESEJO DE SER UMA ADOLESCENTE AMERICANA...


Sempre fui fascinada por televisão.
Dizem que ver tv é perder tempo e blábláblá, concordo até certo ponto, o fato é que gosto. Hoje sei viver sem por uns dois dias, mas já houve época em que a abstinência era algo impensável.
(Ainda assim, leio, sei escrever bem, gosto de boa música, saio, me divirto, enfim, não atrofiei).
A realidade é que aos 12,13 anos eu não tinha muito o que fazer, exceto isso.
Eu vivia assistindo filme de sessão da tarde....aliás, era uma rotina básica: chegava da escola, almoçava, assistia Vídeo Show, arrumava a casa no horário do Vale a Pena Ver de Novo, assistia vidrada Sessão da Tarde e depois Malhação, nos bons anos.
Os filmes americanos infanto-juvenis constantemente me despertavam a vontade de ser uma jovem americana que tinha carro aos dezesseis, armários para dividir na escola, ginásio fechado de educação física, bolsa de estudo por desempenho, bailes de formatura, linha telefônicas com conversas simultâneas entre três amigas, quarto com closet, dias de hallowen com gostosuras e travessuras, cinema com um pote enorme de pipoca, outro grande pote de frango frito, chessecakes, comidas de microondas e cafés da manhã, com ovos, bacon, panqueca, cereais. Tudo muito natural, pois os filmes deixam tudo perfeito, com o melhor sabor, cor...



Uma vez vi algo diferente, não lembro o filme, lembro que a atriz, depois de uma decepção com o namoradinho vacilão, pegou um potão de cereais coloridos, colocou muita cobertura de chocolate, comeu bastante e depois foi atender uma pessoa na porta que, pasmem, era o fulaninho. Ela com o pote na mão, a porta e o fulano.
A cena me despertou uma vontade gigantesca! Eu não queria saber de mais nada, queria comer aquilo.

Pois fiz minha mãe comprar cereais coloridos e calda de sorvete de chocolate. Despejei quase a caixa inteira de cereal num pote, coloquei muita calda de chocolate, sentei em frente à televisão para ver sessão da tarde e PUTA MERDA que troço ruim....não comi o resto, foi tudo para o lixo e foi o fim do sonho de ser uma adolescente americana.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Se eu pudesse fazer um pedido...


Se eu encontrasse uma lâmpada mágica, o gênio fosse tão chato que me concedesse apenas um desejo eu escolheria ser onipresente!
Digo isso porque muita gente que amo está longe, pessoas importantes, que fizeram e fazem parte da minha vida.
Se eu fosse onipresente, agora, às 9h40 eu estaria...
Em casa, ouvindo minha mãe falar para eu fazer uma coisa ou outra, bagunçando com minhas irmãs.
Na casa da “vó” Luiza, tomando café e escutando as cantorias.
Na beira do mar, em Santa Catarina, ouvindo a Mi cantar Desenho de Deus.
Sentada no ginásio do São Bernardo vendo Simone, Lu Ruiz e Cida treinarem.
Ou em Osasco fazendo a mesma coisa e esperando Rach para almoçarmos mais tarde.
Em cada ginásio, em cada casa, saber como estão Grá, Fernanda Rosa, Vanessa, Dani, Diu, Pitanga, Lu levantora, Kelly, Fê Bellisário, Tati Loira, Tati Morena.
Em Recife, conversando e fazendo cafuné com Má.
Comendo pão de queijo e queijo com doce-de-leite em Minas, com Rub, Dani, Nessa e Rê.
Contando tudo para Mario, deitada no colo da Tha, curtindo a Toy com o Chock, passeando com a Bella e escutando finalmente a Ju cantar Sina, em Sampa.
Até mesmo aqui em Sanja, roubaria o Alison do serviço, para escutar ele tocar.
Ou deitada, vendo tv e rindo bastante com a Tetê.
Contando meus podres para Fran e Rosi.
Esperando ansiosa um jogo do Inter, para ir no estádio com Guilb.
Sentada em um quiosque qualquer no Rio, acompanhada de Daniel, Mike, Helena e Du.
Precisando da tradução da Nana em New Jersey e rindo muito com ela.
Nos museus, parques, livrarias e lanchonetes de vários países do mundo, levando para cada canto todas essas pessoas comigo.
Mas eu não me importaria de ficar aqui, se vocês estivessem também.
“Aonde estão vocês agora, além de aqui, dentro de mim”?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Três textos não terminados!

Comecei três textos e não consegui terminar...talvez não sejam mesmo para ser terminados...ou quem sabe consigo finalizar um dia.

Você pode também, se quiser...se conseguir, me apresente o seu final.

Uma vez fiz isso, com uma poesia do livro Dom Casmurro de Machado de Assis...qualquer dia posto aqui.

Aí estão:


O AMOR


O amor está tão banalizado nos últimos tempos...é “eu te amo” para cá, “eu te amo” pra lá, sem amar, sem esse sentimento ta sublime. O amor é algo que transcende, que ultrapassa limites e todos os sentimentos bons, talvez ele seja até a junção desses sentimentos, mas ele não é banal.
Óbvio que é preferido o “eu te amo” ao “eu te odeio”, causador de tantos atritos e tantas guerras, mas ainda assim pode-se falar de outros sentimentos bons, sem banalizar.
Podemos amar pessoas e situações.Amor às coisas existe, mas é um amor doentio visto que tudo que é material não foi feito para o amor.
O amor tem seu jeito, suas características próprias e depende muito de quem o sente. Pode chegar sorrateiramente e invadir de uma maneira espetacular. Pode chegar explodindo, causando euforia e aos poucos ir se abrandando até que a gente se acostume com ele (não estou falando de paixão...existem amores assim também). E existe o amor à primeira vista, eu acredito nele, mas acho que é tão difícil quanto ganhar numa loteria, acredito que só acontece quando se trata de almas gêmeas...



SAUDADE

Pensei em muita coisa para escrever, mas não sabia qual caberia melhor, ia falar sobre o amor, mas vou com calma aqui...vou falar de algo tão forte e intenso quanto: a saudade.

Saudade, palavra que só existe no idioma galego-português, ou seja, o nosso!
Expressa ausência, falta...
Sentimos saudades das coisas boas e até do que não vivemos e de pessoas que não conhecemos e isso eu acho incrível....como podemos sentir saudade só de imaginar o que poderíamos viver?



COSTUME, ROTINA

“Tanta gente morrendo por aí e eu querendo morrer e não morro”

Essa frase eu escutei hoje pela manhã no ônibus e logo em seguida veio uma voz de calmaria:

“Não fala isso, Deus dá forças para continuar, muitas vezes a gente pensa besteira, mas você é nova, vai vencer, dar conforto e bom estudo para os seus filhos...”

Quando olhei para o lado, vi duas jovens senhoras conversando, por volta dos seus 40 anos.
As palavras da segunda mulher foram mexendo comigo, mais uma vez, o poder das palavras...ela falava do fundo do coração, como se fosse um anjo em um momento difícil.
Não vou falar de Deus, de anjos ou das palavras, mas achei que seria interessante começar o que quero falar com esse diálogo. Quero falar hoje sobre as rotinas e os costumes.
Deixando de lado a questão dicionarística, ou seja, o real significado das duas palavras, para mim rotina é fazer repetidamente e costume é comportamento habitual, muitas vezes impensado.
A gente fala e faz coisas das quais nem se dá conta...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um pouco sobre Deus...por mim.

Ju: Eu queria ir ver a orquestra na sexta, mas não vai dar, já vou ter ido para São Paulo.
Mãe: (já sabendo, só querendo confirmar) vai fazer o que em São Paulo?
Ju: Vou encontrar meus amigos.
Mãe: E quando você vai encontrar com Deus?
Ju: Deus não está só na igreja.

Esse diálogo aconteceu na terça-feira e até agora está remoendo aqui.
Não vou entrar no mérito de falar sobre a Igreja, quero falar sobre Deus.



Acredito em Deus!
Acredito que ele é amor e que está em tudo o que fazermos, vivemos e somos.
Deus está em mim, vive em mim.
Vive no outro também.
Quando amo o outro, quando me alegro com outras pessoas, amo a Deus, me alegro com Deus.
Eu me encontro com Deus todos os dias.

Encontro-me com Deus quando levanto....
Quando canto desafinadamente embaixo do chuveiro...
Quando lavo a louça que está na pia, para que o outro não precise fazer...
Quando pego o ônibus sem reclamar do quanto ele demorou ou está cheio. Quando saio mais cedo e pego o ônibus um ponto antes para sentar e seguro a bolsa de alguém ou cedo meu lugar...
Quando desço do ônibus e caminhando para o serviço dou bom dia para quem está na minha frente, quando falo com pessoas que não conheço, dou informações ou apenas sorrio....
Quando recebo um sorriso...
Quando ligo para meus amigos ou converso para saber como estão as coisas...
Quando me alegro com eles e quando escuto todas as mágoas ou tristezas...
Quando aconselho sem saber de onde as palavras vêem...
Quando durante o dia eu me entristeço, mas não abato...
Quando tiro boas notas para alegrar minha mãe...
Quando me convidam para sair e eu não vou, preferindo ficar com minha família...(quantas vezes!)
Quando saio e me divirto, sem beber, sem fumar, apenas pelo fato de estar com amigos, de sentir um pouquinho do que é liberdade....
Quando fico no sofá de casa, vendo tv, zapeando canais e pensando “quanta porcaria!”...
Quando me emociono com um comercial, com livros e filmes que contam histórias, verdadeiras ou não, mas que tocam e ensinam algo...
Quando deito na minha cama, de noite e O agradeço pelo meu dia, peço desculpas pelo que fiz de errado e peço saúde, paz e proteção para a minha família e não para mim...
Quando durmo com a consciência tranqüila e aguardo um novo dia...

Eu só queria saber se é tão difícil assim notar que Deus está em mim!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém...

Astral novo!

Não que tudo tenha se perdido, pelo contrário, tudo permanece...não as dores, porque dessas há tempos não sofro, mas os amores...ohhhh..os amores!!rsrs

O mundo muda
A gente muda
O mundo muda
A gente muda
O mundo muda!

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não se entristece, fica feliz sempre, por saber que existe e está bem.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não chora, mas sorri, porque quer alegrar a vida do outro, porque quer estar perto sempre.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém torce por vitórias, está do lado para tudo.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém diz todo o sentimento, toda a verdade, não se envergonha disso.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém entende que o outro não é perfeito, que você não é perfeito e que as imperfeições ou defeitos existem, porque estamos no mundo real.

Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém não espera o passo do outro, porque sentimentos verdadeiros são completos por si próprios.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém sabe que cada pessoa é inteira e não se divide em metades, porque dois é mais e melhor que um.
Quando a gente gosta verdadeiramente de alguém só não gosta de estar longe...

Que bom que tenho as palavras, embora não expressem completamente o que sinto, elas me ajudam a expelir um pouco desse sentimento grande que sufoca.

Ah!!! Os amores!




*Ps: Texto antigo!